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Desemprego: As pessoas não estão se requalificando para voltar ao mercado de trabalho

O índice atual de desemprego no Brasil é bastante alto. O número já se aproxima dos 12 milhões, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e estatística – IBGE. Um dado importante que foi observado é que do total de desempregados, cerca de 80% não procura nenhuma forma de se requalificar para retornar ao […]

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O índice atual de desemprego no Brasil é bastante alto. O número já se aproxima dos 12 milhões, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e estatística – IBGE.

Um dado importante que foi observado é que do total de desempregados, cerca de 80% não procura nenhuma forma de se requalificar para retornar ao mercado de trabalho. Levando-se em conta que a disputa por uma vaga de emprego está cada vez maior, este número surpreende, visto que dados recentes de grandes empresas mostram que há muitas vagas não preenchidas por falta de mão de obra qualificada.

Se compararmos com os dois últimos anos, o número de pessoas que não se especializa cresceu significativamente: de 64% em dezembro de 2017 para 78,5% em dezembro de 2019.

Segundo Daniel Sakamoto, gerente de projetos da CNDL (Confederação nacional de dirigentes lojistas), “Um fator que está fazendo com que os desempregados não procurem esses cursos é, com certeza, a falta de informação” referindo-se aos cursos gratuitos que são oferecidos à população. Para Sakamoto, outro fator que desestimula a busca por requalificação é o desalento de passar por longos períodos de espera e frustração na busca por um emprego.  

Um dado importante apresentado por pesquisa, é que de com a falta de requalificação dos candidatos, 52% não é chamado para entrevistas de emprego. “Quando o candidato não é chamado, isso quer dizer que o seu currículo não foi considerado e pode indicar que é preciso que o desempregado se qualifique para tornar o currículo mais atraente”, afirma Sakamoto. Ainda segundo a pesquisa, a maior parte dos desempregados tem no máximo ensino médio completo.  

A taxa de desemprego de 11,2% do quarto trimestre de 2019 é a menor registrada desde março de 2016, quando atingiu 10,9%. Contudo, devemos levar em conta os altos índices de informalidade, conforme mostram os resultados o IBGE. O último trimestre chegou a alcançar 41%, com 38,4 milhões de pessoas, o maior contingente desde 2016. Esse alto número se deve a dificuldade que essas pessoas têm em encontrar um emprego formal, e por isso buscam uma fonte de renda para sobreviver.

Segundo o SPC (Serviço de proteção ao crédito), a CNDL (Confederação nacional de dirigentes lojistas) e o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), o período de busca por emprego em média no Brasil nos últimos anos é de 15 meses. Dados apontam que em 51% dos casos, o trabalhador aceitaria receber um salário menor que o do último emprego para conseguir uma oportunidade. A fatia mais afetada com o desemprego é a mais carente da população: 9 em cada 10 brasileiros desempregados pertencem a classe C, D e E.

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