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O boicote inglês contra as redes sociais
Com o passar dos anos, as redes sociais se tornaram parte do nosso dia a dia e ponto crucial para nossa comunicação. Todavia, levando em conta a liberdade permitida aos usuários, acabam sendo palco para discursos de ódio e discriminação.
No meio esportivo, isso não é diferente. Em países com a Inglaterra, jogadores estrangeiros e negros são alvos constantes de comentários racistas ou discriminatórios. Por conta disso, equipes e organizações de futebol inglesas enviaram em fevereiro uma carta aberta aos CEO das grandes redes sociais, pedindo que algo fosse feito para coibir as práticas nocivas.
Um dos pedidos era a criação de um filtro que bloqueasse postagens racistas e discriminatórias, além de um mecanismo para excluir posts abusivos e banir usuários, impossibilitando a criação de novos perfis. Outro ponto tratado na carta foi a criação de um mecanismo mais apurado para identificar usuários, que colaborasse um pouco mais com o trabalho da polícia na identificação de suspeitos e coerção deste tipo de delito.
Por não receberem uma resposta satisfatória, representantes do futebol inglês convocaram um boicote às redes sociais, que consistia em inativar suas contas no Facebook, Twitter e Instagram durante os dias 30 de abril à 4 de maio, não postando absolutamente nada.
O boicote, que se iniciou com os times ingleses, foi aderido por grandes empresas criadoras de games, por pilotos da F1 e atletas de outros esportes populares como rúgbi, ciclismo e críquete. As ligas, times e atletas esperam que o protesto dê mais visibilidade para o movimento.
Outro que se posicionou a favor do protesto foi o Príncipe William. “O abuso racista, seja em campo, nas arquibancadas ou nas redes sociais, é desprezível e deve parar agora. Todos nós temos a responsabilidade de criar um ambiente onde tal abuso não seja tolerado, e aqueles que optam por espalhar o ódio e a divisão são responsabilizados por suas ações. Essa responsabilidade se estende às plataformas onde grande parte dessa atividade agora ocorre”, disse em um post no Instagram.